Olha... nem mandar flores, nem bouquet, nem esse negócio dedicar canção, nem mandar carro de mensagem, nada. Nada se compara a receber bolada de guardanapo na cabeça.
Veja que cena maravilhosa. Você em um barzinho toda arrumada, com centenas de camadas de base, blush, sombra, e toda parafernalha que leva uma hora pra fazer e de repente, no meio da conversa interessantíssima com sua amiga, um guardanapo voadaor passa de raspão na sua bochecha. Se fosse só um, tudo bem, foi o ventilador. Mas já era o décimo terceiro e eu não achava o sacripanta que estava me fazendo de alvo a uma altura daquela da noite de domingo, com o mundo dizendo não às guerras. E o pior é que algumas bolas ainda vinham carregadas de munição, pesadas!!! Sabe lá Deus com o quê dentro, o resto do shushi, valei-me. E você recebendo aquilo na lateral da testa?
Não consegui nem prestar atenção em mais uma palavra do que minha amiga falava com toda emoção sobre relacionamentos (e olhe que papo de relacionamentooooo...). Parecia um guerrilheiro, um curisco da vida olhando pra tudo que era lado.
No final da noite, um bêbado louco caindo se jogou em cima da minha mesa (depois de eu ter encarado com olhares ferozes os pobres e inocentes homens da mesa da frente) dizendo que eu era linda e partindo pro ataque. Sem noção!
Pois é minha gente. Pra conquistar alguém, rume as bolas. Mas rume com vontade e no meio da orelha. É amor ao primeiro tiro.